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A importância
de brincar

O ato de brincar ainda não é visto pela população como algo fundamental ao desenvolvimento infantil, sendo considerado apenas mais uma forma de se divertir e passar o tempo. Somente 19% dos brasileiros acreditam que brincar e passear são atividades importantes para a criança de até 3 anos. E, para 26%, é o pai quem deve assumir as brincadeiras de contato com a criança, como pega-pega e cavalinho.

Informações que valem ser divulgadas

A essência da infância está nos momentos que a criança tem para a exploração: o faz de conta, a brincadeira e o jogo. Por isso, a brincadeira é fundamental ao desenvolvimento, um direito já previsto em lei e tão importante quanto dormir e se alimentar.

Muitos adultos consideram a brincadeira como atividade exclusiva da criança. De fato, é a linguagem da infância. Mas é importante lembrar que é permitido (e até esperado) que os adultos brinquem (sozinhos, com outros adultos e com crianças)

Nos momentos lúdicos, é possível aprender mais sobre as crianças do que se imagina: o que elas sabem, como estão se sentindo, como reagem diante de um desafio. Esses são aspectos, na maioria das vezes, não verbalizados por elas.

Durante o brincar, a criança adquire habilidades para se tornar capaz de aprender a aprender, seja por meio de suas ações sobre os objetos e pessoas, seja por suas reações a esses estímulos. Ou seja, ela é ativa em seu desenvolvimento.

Outros ganhos fundamentais do brincar – mesmo que por pouco tempo – são a construção e o fortalecimento de vínculos, pois as crianças entendem que os adultos se importam com elas.

Informação sem complicação

Procure mostrar, com exemplos ou depoimentos, que, por meio da brincadeira, as crianças aprendem sobre o mundo à sua volta, os espaços, os objetos e as pessoas. Elas fazem isso experimentando, errando, tentando de novo, acertando e descobrindo.

Reforce que atividades como pintar, desenhar, inventar histórias, correr e saltar são mais do que uma diversão, elas estimulam a mente e o corpo da criança.

Exemplos práticos de brincadeiras que divertem adultos e crianças também podem ajudar. Que tal mostrar atividades com balões ou bolinhas de sabão? Há muitas opções e as sugestões devem levar em conta diversos fatores, como os diferentes contextos e regiões. Lembre-se de destacar que não é necessário ter muito tempo ou dinheiro para as brincadeiras (veja exemplos em Mitos e verdades).

Evite associar o brincar à aquisição de brinquedos (em geral, caros). Mostre que brincar de faz de conta ou com objetos simples, do dia a dia da família, pode ser tão (ou mais) divertido e estimulante. Pense nisso na hora de escolher os exemplos. Eles devem servir para o maior número de pessoas e de realidades possíveis.


Ferramentas de comunicação e outras inspirações
Sugestões de imagens


Mostre cenas de crianças brincando com caixas, panelas, roupas e outros objetos do cotidiano para reforçar a ideia de que não é preciso ter muito dinheiro para proporcionar às crianças momentos lúdicos.
Prefira imagens de brincadeiras e brinquedos dos locais em que as comunicações serão veiculadas para valorizar o contexto do público a que se destinam.

Foto: Léo Sanches
Fonte: Primeira Infância em Pauta

Brincar é o melhor remédio

A Academia Americana de Pediatria recomenda que seus profissionais receitem brincadeiras diárias às crianças — brincadeiras mesmo, como as de antigamente

Era uma vez crianças que pararam de pular corda, de jogar cinco-marias, de virar-se contra a parede no esconde-escon­de e de passar o anel. Era uma vez pais que já não sabem — ou não querem — tirar os filhos do magnetismo incontornável e conveniente dos aplicativos para smartphones e tablets. Era uma vez uma sociedade que esqueceu como se brinca sem estar conectada em onipresentes redes wi-fi.

E quando imaginávamos já não haver um final feliz possível para esse estado de coisas, quando sentíamos a imaginação infantil eternamente aprisionada aos programinhas eletrônicos, deu-se uma novidade um tanto inesperada. A Academia Americana de Pediatria, referência internacional na sua área, acaba de orientar formalmente seus profissionais a receitar brincadeiras diárias a todas as crianças. Moral da história: brincar é o melhor remédio.

O documento diz, ao pé da letra, como conclusão de suas dezoito páginas assinadas por cinco médicos: “Estimulem o aprendizado lúdico em todas as consultas com crianças em boas condições de saúde nos dois primeiros anos de vida”. As práticas indicadas, ressalve-se, passam longe dos dispositivos eletrônicos. São as chamadas “brincadeiras livres”, nas quais meninas e meninos se envolvem espontânea e ativamente. “O propósito é estimular o desenvolvimento mental e social das crianças”, disse a VEJA o pediatra Michael Yogman, o principal signatário da inédita diretriz.

Mas por quê, afinal, é fundamental brincar? As brincadeiras estimulam mecanismos no organismo infantil de uma forma que nenhum outro tipo de atividade é capaz de fazer. Elas mexem com as funções associadas ao processo de aprendizado, estimulam a linguagem, o relacionamento e a capacidade de resolução de problemas. O documento americano dividiu as atividades em grupos, cada qual com ação específica na saúde (veja o quadro na página anterior). Brincar de carrinho, por exemplo, desenvolve a coordenação, a capacidade de comunicação e o pensamento abstrato. Os jogos coletivos estimulam a inteligência emocional, atrelada à competência para aprender a perder, a ganhar e a arriscar. Evidentemente, mesmo uma aula aborrecida na escola e o debruçar-­se diante das telas eletrônicas podem ser úteis, e não representam tempo perdido. Mas nada substitui a diversão que, no decorrer da civilização, aprendemos a gostar de praticar e ver (acompanhe, ao longo desta reportagem, representações de brincadeiras em telas de grandes artistas).

Fonte: Revista Veja

Brincar é preciso. Durante os folguedos o cérebro da criança se constrói

Deixe as crianças pequenas brincar à vontade. Antes da idade escolar, pressionar os muito jovens para acelerar sua formação é na verdade contraproducente. Quanto mais física e corporal for a brincadeira, tanto melhor.

Por: Pauline Fréour – Le Figaro Santé

Bater na panela com uma colher, pular amarelinha, brincar de esconde-esconde, o repertório das brincadeiras infantis forma uma lista que não tem fim. Brincar é, antes de tudo, um prazer. Mas seria um erro esquecer que é também a pedra angular do desenvolvimento da criança. “Brincar não é apoenas um passatempo sem maiores consequências. É através das brincadeiras que o cérebro se constrói”, faz questão de lembrar a Academia Americana de pediatria, alarmada diante da progressiva diminuição do tempo dedicado às brincadeiras no dia-a-dia dos mais pequenos, para ceder lugar a outras atividades consideradas mais formadoras.

Em estudo publicado em agosto na revista Pediatrics, os especialistas se mostram inquietos e preocupados face a uma tendência que se manifesta hoje em nossa sociedade de inserir as crianças no aprendizado acadêmico demasiado cedo. “Nos Estados Unidos, 30% das crianças na fase maternal tem suas horas de recreação reduzidas e até mesmo suprimidas para que possam frequentar cursos regulares. Entre 1981 e 1997, as crianças com idade entre 3 e 11 anos perderam doze horas de tempo de brincadeiras por semana”, informa esse artigo científico.

O desejo, em princípio lícito, de assegurar à própria progenitura o melhor futuro possível e de fazer com que a criança alcance o seu pleno potencial é compartilhado por numerosos pais que, malgrado essa vontade de fazer o melhor, fazem muitas vezes escolhas contraproducentes, alertam os pediatras daquela Academia. Esses especialistas lembram que os países que ainda mantêm a tradição de longas recreações também alcançam bons resultados escolares. Além disso, a pesquisa científica mostra que as brincadeiras na vida real favorecem bem mais a aprendizagem do que os melhores aplicativos produzidos para smartphones e tablets.

Um espaço de liberdade

Os benefícios produzidos pelos jogos e brincadeiras são, por outro lado, bastante conhecidos e bem documentados. Ao brincar, a criança aprende a interagir com os outros, a intervir quando chega a sua vez, a acertas as diferenças através do diálogo e a se concentrar. Ela explora os objetos e a mundo que a cerca, aprende a se adaptar a situações novas e repete cenas e situações vividas para melhor se apropriar delas. Adquire igualmente as bases da linguagem e das matemáticas.

“Quando uma criança brinca, essa é para ela uma atividade muito séria”, confirma Sophie Marinopoulos, autora “Dites-moi à quoi il joue, je vous dirai comment il va” (Diga-me qual brincadeira ela prefere, eu direi como ela está, Editora Marabout). Da mesma forma que um cientista, “ela conduz suas próprias experiências que se tornam lúdicas a partir do momento em que ela sente prazer em repeti-las. Ele faz tentativas-e-erros constantemente e adquire desse modo o conhecimento através da experiência. Cada criança avança a partir do seu próprio ritmo, mas todos avançam na mesma direção. Por tal motivo não podemos julgar o desenvolvimento de um jogo ou de uma brincadeira a partir de noções de bom ou mau”, ressalta a psicóloga, fundadora do centro de acolhimento “Les pâtes au beurre”, dedicado às famílias, na cidade de Nantes. Certas situações, por sinal, são enganosas: “Ao redor dos dezoito meses, dois anos, a criança brinca de enganar a si mesma – tentando, por exemplo, colocar a peça redonda no buraco destinado à peça em forma de estrela. Ela sabe que isso não irá funcionar, e esse conhecimento lhe traz alegria”.

A brincadeira deve permanecer, portanto, como um espaço de liberdade para a criança, sem outra finalidade que a de fazer com que ela desfrute dessa liberdade. “Enquanto uma criança tem vontade de continuar brincando, é preciso deixar que ela continue, pois isso significa que tal brincadeira lhe está proporcionando alguma coisa”, considera a professora Raphaële Miljkovitch (Universidade Paris 8), cofundadora do Centro de Aconselhamento em Educação e Escolaridade. Sophie Marinopoulos chega mesmo a autorizar a criança a guardar consigo alguns dos seus brinquedos “de bebê” preferidos, pois isso a ajudará a se lembrar a que ponta ela cresceu e se desenvolveu.

E o adulto nisso tudo? “Ele está lá simplesmente para estar presente, estar ao lado, mas não para fazer papel de criança e muito menos para julgar as ações da criança”, aconselha Sophie Marinopoulos. Por outro lado, é inútil o adulto se sentir culpado se brincar com miniaturas de automóveis ou cozinhar legumes de matéria plástica lhe traz pouco ou nenhum entusiasmo. “Também não é o caso de demonstrar de repente um excessivo entusiasmo pela atividade lúdica”, coloca Raphaële Miljkovitch. Os pais também têm a sua própria vida e seus afazeres para cuidar. Além do que, cuidar em excesso de uma criança pode prejudicar o desenvolvimento das suas capacidades de tomada de iniciativa e de criatividade.

Fonte: Brasil 247

O Que é o Brincar?

​O ser humano nasce e cresce com a necessidade de brincar, sendo uma das atividades mais importantes na vida do indivíduo. Por meio das brincadeiras, sabe-se que a criança trabalha as suas potencialidades, limitações, habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físicas.

O brincar, segundo pesquisadores, é uma necessidade que toda criança tem. É, também, uma atividade que faz parte do seu cotidiano, é comunicação e expressão, associando o pensamento e a ação; um ato instintivo voluntário; uma atividade exploratória, que auxilia as crianças no seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social; um meio de aprender a viver, e não um mero passatempo.

Durante as brincadeiras, a criança desenvolve o exercício da fantasia e da imaginação, adquirindo, assim, experiências que irão contribuir para a vida adulta, experimentando inúmeras sensações que poderão ser usadas na vida cotidiana. Ao brincar, a criança pensa, reflete e organiza-se internamente para aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita. Está no seu momento de aprender; isso pode não ter a ver com o que a família, o professor ou o fabricante de brinquedos propõem que ela aprenda.

Você lembra das brincadeiras da sua infância?

O tempo de brincar sempre traz lembranças da nossa família, dos nossos amigos e do espaço em que brincávamos, pois o jogo é o protagonista da nossa infância. Provavelmente, um dos espaços onde você brincava era a rua, mas com o crescimento das cidades, a violência e o aumento da demanda tecnológica, muitas formas do brincar acabaram ficando mais difíceis. Por exemplo, no passado, tínhamos diversos espaços para explorar o corpo, tínhamos árvores para subir, muros para escalar, corríamos descalços na rua.
Diante desses fatos, a escola assumiu um papel importante no brincar e nós, do Colégio Pentágono, sabemos que a brincadeira é de suma importância no dia a dia dos nossos alunos. Sendo assim, ela está presente nos diversos momentos de aprendizagem, no recreio, quando nossas crianças podem brincar e explorar o seu corpo da maneira que melhor lhes convêm e, também, nas aulas de Educação Física, em que são preparadas atividades que possibilitem explorar o corpo com maior autonomia, criando consciência para as suas atividades diárias através dos jogos e brincadeiras,deixando, assim, nossos alunos mais preparados corporalmente e, consequentemente, mais concentrados para as demais aulas e para o dia a dia.

Leandro de Castro Coresma – Professor da Escola de Esportes do Colégio Pentágono
Thiago Milagre Silva – Professor da Escola de Esportes do Colégio Pentágono

Fonte: Estadão

Os benefícios de Brincar ao Ar Livre

Dados de pesquisa comprovam que a conexão com a natureza traz muitos benefícios para o desenvolvimento e para a saúde das crianças.

Estimula todos os sentidos
“Criança feliz, feliz a brincar, mil brincadeiras eu vou inventar”
Brincar na natureza estimula a criatividade: os brinquedos são criados e reinventados a partir de recursos encontrados durante a brincadeira: o galho que vira espada, a folha que vira um barquinho… Estudos com crianças escolarizadas mostram que nas áreas verdes da escola as crianças brincam de forma mais criativa e cooperativa. (Health Education Research, 2008)

Aprendizado mais ativo e explorador
“As estrelas nascem no céu, os peixes nascem no mar, não canso de investigar”
Estudos nos EUA mostram que, em escolas que usam a natureza como sala de aula, há uma melhora significativa no desempenho dos alunos em estudos sociais, ciências, artes da linguagem e matemática. (American Institutes for Research, 2005)

Favorece os vínculos sociais
“Eu com as quatro, eu com ela, eu com todo mundo junto”
As crianças que brincam ao ar livre com regularidade de forma não dirigida e estruturada são mais capazes de conviver com os outros, mais saudáveis e mais felizes. (Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 2005)

Inspira momentos de concentração
“Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser estressado”
Além de proporcionar a experiência do belo, o acesso à natureza aumenta a paz, o autocontrole e a autodisciplina em jovens que vivem na cidade. (Journal Of Environmental Psychology, 2002)

Estimula a atividade física
“Palma, palma, palma, pé, pé, pé, roda, roda, esbanjando alegria”
As crianças que brincam em diferentes ambientes naturais são mais ativas fisicamente, mais conscientes sobre sua alimentação e mais cuidadosas com o outro. (Health Education Research, 2008)

Reduz a violência
“Pirulito que bate bate, para de bater quando brinca”
Há forte evidência de que mesmo o mais leve contato com a natureza impacta ppositivamente no senso de comunidade. Há uma pesquisa que mostra que prédios cercados por vegetação apresentaram índice de criminalidade 52% menor do que prédios com baixa incidência de vegetação. (Environment and Behavior, 2001)

Desenvolvimento integral da criança
“Faz três noites que eu não durmo lá, lá, tá faltando brincadeira, lá, lá”
A natureza é importante no desenvolvimento infantil em cada um de seus aspectos: intelectual, emocional, social, espiritual e físico. (North Carolina State University, 2012)

Traz benefícios diretos à saúde
“Sete e sete são quatorze, com mais sete vinte e um, brinco e presto atenção, não tenho dodói nenhum”
O contato com a natureza pode reduzir significativamente os sintomas de Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (Journal of Attention Disorders, 2008), do estresse (Environment and Behavior, 2003) e até a ocorrência de doenças como miopia (Ophthalmology, 2008) e obesidade na infância.

Melhora a nutrição
“Cana, aipim, batatinha, ó quanta coisa gostosa para você Sinhazinha”
Crianças que plantam seus próprios alimentos (Environmental Education Research, 2008) são mais propensas a comer frutas e vegetais, têm um conhecimento maior sobre nutrição (Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 2002) e têm maiores chances de manter hábitos alimentares saudáveis por toda a vida. (Hort Technology, 2006)

Contribui para a conservação da natureza
“Entrai na roda, ó linda roseira, vou cuidar bem de você”
A criança que convive com o meio natural e desenvolve afinidade em relação à natureza aprecia e zela pelo mundo à sua volta porque o respeita e o reconhece como seu ambiente de pertencimento. (The Journal of Developmental Processes, 2009)

Desperta o consumo crítico e consciente
“A dona aranha é desobediente, compra, compra, compra, nunca tá contente”
As crianças que crescem em contato com o ambiente natural são mais propensas a se tornarem consumidores adultos mais bem informados e a assumirem um estilo de vida mais consciente ambientalmente.

Constrói uma sociedade mais saudável
“A barata diz que tem uma tal de TDAH, é mentira da barata, isso é falta de brincar”
Passar tempo na natureza contribui com a redução do estresse (Environment and Behavior, 2003) e no tratamento da depressão e do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). (Journal of Attention Disorders, 2008)
Ambientes naturais oferecem maiores oportunidades de movimento irrestrito (Prev. Medicine, 2003), diminuindo assim a probabilidade de obesidade.
Crianças que brincam mais tempo na natureza se tornam adultos com maior capacidade de resiliência emocional (NACC, 2008) e, consequentemente, mais dispostos a assumir riscos.

Forja pessoas preparadas para a vida
“Terezinha de Jesus, deu uma queda e continuou a brincar”
O ser humano aprende a avaliar e a correr riscos, cair e levantar, se machucar e curar desde cedo, na interação com o ambiente.
Garantir à criança o brincar ao ar livre é proporcionar uma variedade de situações em que terá a autonomia de escolher os riscos que quer correr, gerenciá-los e aprender sobre eles. E, dessa forma, chegarão à vida adulta mais preparados e resilientes, capazes de lidar com as adversidades da vida. (Herrington & Pickett, 2015)


Fonte: Criança e Natureza

Playground:
A Arte de Brincar

Quando refletimos e estreitamos nossa ótica sob os primeiros anos da educação infantil, elegemos, de maneira absoluta, a presença de brincadeiras como ações fundamentais no cerne da aprendizagem. A arte da brincadeira cria, propicia, estabelece, compreende e explora uma multiplicidade lúdica de desenvolvimento integral do ser humano (social, cultural, emocional, cognitivo e físico), bem como um importante recurso de comunicação, entretenimento, criatividade e autonomia.

Através da brincadeira, as crianças aprendem sobre seus corpos, suas possibilidades, sobre si e sua interação com o outro. “A brincadeira é a mais alta forma de pesquisa, promove o desenvolvimento do cérebro e ajuda a criança a desenvolver habilidades e competências que serão de grande importância para seu desenvolvimento cognitivo e psicossocial”, destacam Tânia Martin e Mindla Fleider, coordenadoras da Educação Infantil do Colégio Renascença (SP).

Dessa forma, observamos alguns equipamentos que permitem e instigam a relação da criança com a brincadeira: os playgrounds, por exemplo. Além do bem-estar e de todo aspecto positivo e gratificante que os brinquedos instalados nas escolas podem proporcionar, é preciso ressaltar a importância de alguns requisitos para os momentos de lazer.

Os modelos variam de acordo com faixa etária, tamanho e cores. Os modelos encontrados no mercado podem variar em modulados, escorregadores, casinhas, gangorras, balanço, trapézios e uma lista gigantesca de brinquedos projetados para playground com o intuito de promover o entretenimento saudável e descomplicado. Os playgrounds podem ser confeccionados em ferro, madeira ou plástico.

As coordenadoras Tânia e Mindla indicam que, desde bem pequenas, as crianças podem explorar playgrounds. “Para as crianças de 0 a 5 anos, os brinquedos devem ser de plástico e com as pontas arredondadas e que fiquem a pouca distância do chão. É ideal, também, que apresentem o piso emborrachado para amortecer as possíveis quedas. Os brinquedos mais indicados são os de rotomoldagem, como gira-gira, gangorras, escorregadores, túneis e piscinas de bolinhas”.

Com relação aos aspectos que tangem a segurança na utilização dos brinquedos, as coordenadoras citam algumas recomendações, como: evitar que a criança brinque com roupas que possam ficar presas em algum brinquedo e provocar um acidente (como cachecol, corrente no pescoço ou capuz, por exemplo); se os brinquedos ficam ao ar livre, expostos ao sol, é importante que verifiquem a temperatura do material; e os adultos, que monitoram as crianças, devem estar sempre atentos.

“Por conta da altura dos brinquedos é importante que o piso sob os brinquedos seja com amortecedor de impacto. Ele pode ser de areia, terra batida, pedrisco, lascas soltas de madeira ou pisos de borracha. O playground deve passar por limpeza geral frequente, especialmente em pisos granulados, como areia. Neste caso, é necessário trocar, lavar, proteger dos gatos, revirar, verificar se ficou algum brinquedo perdido e nivelar”, finalizam. (RP)

Saiba mais:
Tânia Martin – tania.m@renascenca.br
Mindla Fleider – mindla.f@renascenca.br
Fonte: Dicionário Escolas

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